Já morei em diversas cidades do Norte de Minas. Pude conhecer as maiores virtudes e os piores defeitos de cada uma. Umas se destacavam pelo zelo das tradições: suas festas, suas comidas, as histórias das famílias, as manifestações artísticas, a garra do povo para o trabalho.
Outras, entretanto, se tornavam admiráveis pelas comidas, pelos quitutes, pelas práticas religiosas, pelos casamentos e suas grandes festas, pela qualidade das escolas, pelos serviços públicos. Entretanto, gostaria de destacar duas principais características nas cidades mais desenvolvidas.
A primeira: Percebi que o povo tinha aprendido a sonhar. Havia no comportamento das pessoas um grande desejo de alcançar uma vida melhor. Por isso, por iniciativa das classes mais aculturadas, havia um discurso, uma fala que buscava despertar nas pessoas um desejo muito arraigado por melhores condições de vida.
Todos eram convidados a participar do maior projeto da cidade: desenvolvimento e qualidade de vida, isto se tornou o lema de todos.
A segunda: Havia em todos um sentimento de pertencimento. Isto queria dizer: Nós somos a nossa cidade; nós a defendemos contra tudo e contra todos; nós estamos plenamente comprometidos com a nossa cidade.
Precisamos adotar esses comporta- mentos caracte-rísticos dessas ci-dades que atingiram os melhores índices de qualidade de vida. Precisamos nos tornar um povo que luta por cidadania, que briga por interesses coletivos, que almeja sempre o melhor para todos.
Finalmente, que 2017 seja o ano das conquistas, das realizações dos sonhos coletivos, da aproximação, da união, da compaixão, do respeito, da identificação, do pertencimento.
Um grande abraço a todos.
Ozéas Lidório.
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